Ao ler o post do Simão, lembrei-me de algo inusitado que me aconteceu há pouco.
Aeroporto de Santiago do Chile, prestes a adentrar o território, passo pela bendita máquina de detector de metais.
Tiro cinto, relógio (brincos, colar, pulseira, moedeiros, etc) e coloco-os na bandejinha junto com minha bolsa - com poucos apetrechos - e uma sacola de lanche (vez que a cia. aérea não oferece nada mais que uma barrinha de cereal).
Passo pelo detector de metais enquanto meus apetrechos pessoais são mi-nu-ci-o-sa-men-te analisados pelas três pessoas perante a televisão.
Eis que surge algum problema entre eles: começam a cochichar e depois a hablar um espanhol absolutamente histérico:
- Señorita, un momentito. Achamos algo em sua sacola. (diga-se de passagem não hablo, muito menos sequer compreendo o espanhol naquela velocidade infernal).
- Como? Anh? What? Sorry?
- Si, si, hay algo en su sacola. Yo necessito a ver.
Chamam alguns seguranças para verificar o que havia na sacola. Eis que a señora põe a mão dentro da sacola e pega, com todo cuidado para não amassar, minha coxinha recheada com caturiry.
- O que es eso? - diz ela.
- És una 'coxinha', 'corrinha' - digo eu, tentando falar com sotaque. 'És una pata de pollo', tentei ser mais explícita, mas de nada adiantou.
Ela partiu a coxinha ao meio, no intuito de encontrar alguma mini-bomba, ácido ou drogas, provavelmente.
Eles que não conhecem a coxinha, não sabem o que estão perdendo. Coitados...
2.05.2007
Assinar:
Postar comentários (Atom)
3 comentários:
Que raio de aeroporto é esse que não tem uma lanchonete que vende coxinha!! Eu heim!!
Não sabem mesmo o que estão perdendo viu!!
Beijos!!
Vi,
Ainda bem que não aconteceu o mesmo com as empadinhas que levei pra Jade.
Ufaaaa
Beijinhos
Hilariante, Andorinha! Pândego mesmo! Por que V. não comeu tudo na frente deles e disse que estava a suicidar-se com ácido muriático? Seria engraçadíssimo vê-los a contemplar o seu gesto extremo!
Amplexos afetuosos!
Postar um comentário