11.30.2007

Pais, sempre pais...

Engraçado como nossos pais serão nossos pais 'ad eternum'... Tenha você seus sessentinha ou mais...

Crescemos, enriquecemos, tornamos nossas casas próprias e seremos sempre seus filhos indefesos que requererão as garras protetoras da mãe.

No passado, deixei de compreender e gostar desta situação. Mas não é que hoje este excesso de zêlo me caiu bem no coração?

11.24.2007

A auto-sabotagem ataca novamente...

Acho que a vida é um eterno treino, sabe...

Depois de tantas frustrações, eu acho que eu me esqueci realmente como funciona o jogo da paquera.

Tava tudo tão bom. A vida tão em ordem. Eu, na terapia, tratando de um presente e um eventual futuro, quando PUMBA: na sua frente cai uma pessoa interessante que, sabe-se lá por quê, mexeu com você.

E PUMBA novamente: a auto-sabotagem aproxima-se sem dó, nem piedade:
Ah, Andorinha, vc acha? Um cara tão gente fina, que lida com mulheres o tempo todo, se interessar justamente por você? Que não tem graça nenhuma... HAHAHA.
Ou ainda trato o infeliz como se não estivesse nem aí; na tentativa de se auto-convencer de que não está interessada...

Ou ainda...Finjo não perceber as insinuações daquele que até parece se interessar também.

Agora, me diz, meu Deus, por que sou tão complicada assim? Por que?

Gosto. Interesso-me. Converso. Mas coloco na frente a barreira da independência emocional que, cá entre nós, assusta qualquer espécime do sexo masculino por mais interessado que esteja.

...

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Ultimamente, estou entrando na síndrome de Scallet O'hara. Assim, espero que realmente amanhã seja um novo dia...em que estarei livre, leve e solta. Pronta para me fazer encontrar por alguém...Mais especificadamente por ele que não desistirá. Será?

11.16.2007

Creio que o meu dia-a-dia só serve para eu me perder de mim mesma.

E depois, quem diz que eu me acho? quem? quem?

11.08.2007

É assim também?

Não sei se com você é assim, mas tem dia que pareço inofensiva. Fico ali em casa curtindo. Curtindo meu canto, minha família, meu cachorro.


Tudo com bom humor, numa boa. Até que resolve assistir a um filme também bem inofensivo.


Quando, de repente, você resolve se identificar com algo e pronto: você simplesmente e completamente deságüa. As emoções vêm à tona de uma forma implacável, não deixando pedra sobre pedra no seu coração.


Você se acha a última das mortais e acha que a vida está passando por você sem que você a toque, a sinta. Você não se sente parte dela. Vê que seu temor de errar, o medo de sofrer te impediram, durante muito tempo de caminhar. E hoje, quando você começa a reaprender a caminhar sozinha, dá um medo. Um medo paralisante.


Mas depois do lamaçal, as coisas parecem que tornam a voltar nos eixos.


Você nota que tem amigos sim. Quiçá, poucos. Mas fiéis e leais.


Nota que sua família é sim imperfeita. Mas dentro da imperfeição, você os ama mais que tudo.


Um namorado? Ah, sim. E como faz falta. É tão bom, afinal, sentir-se amada. Mas você vê também que, andando com seus próprios pés, na sua trilha individual e pessoal, a possibilidade deste caminho se cruzar com outro é muito mais real. Basta caminhar. E hoje, ao menos, a passos lentos, eu caminho.


E com você, é assim?